COMO VESTIR E RETIRAR O EPI
Para assegurar a proteção adequada, é importante seguir as recomendações ao vestir o EPI:
a) O conjunto EPI pode ser utilizado sobre as roupas normais de uso.
b) Calça: vesti-la de forma que cubra as botas para evitar escorrimentos de calda agrotóxica para dentro das mesmas. Ajuste o comprimento em relação a altura do usuário para evitar que a bainha fique arrastando ou que seja “pisada” e force em demasia as costuras.
c) Camisa: deve ficar por fora da calça.
d) Botas (não inclusas no conjunto): devem ser sempre impermeáveis.
e) Avental impermeável: deve ser usado sempre na parte frontal do corpo durante o preparo da calda e nas costas durante as aplicações com pulverizador costal.
f) Máscara ou respirador (não incluso no conjunto): deve-se seguir a recomendação do fabricante quanto ao tipo recomendado, manutenção, limitações de uso, etc.
g) Boné conjugado: deve ser ajustado à cabeça de forma que proteja o couro cabeludo e o pescoço.
h) Viseira: ajustar nos pontos de fixação para proteção do rosto contra respingos frontais durante o preparo da calda.
i) Luvas: devem ser usadas por dentro das mangas da camisa quando for executada a aplicação em alvos baixos ou preparo de calda agrotóxica, e por fora das mangas da camisa quando em aplicações em alvos altos. O objetivo é evitar que a calda agrotóxica escorra para dentro das luvas ou mangas da camisa.
Para retirar o EPI, siga o procedimento recomendado:
1) Lavar as luvas e botas com água e sabão, sem retirá-las.
2) Retirar as partes do EPI procurando evitar ao máximo o contato com a pele.
3) Retirar as botas antes da calça.
4) Por último, retire a máscara respiratória e as luvas.
5) Tome um banho completo.
*Os kits VEST SEGURA não possuem botas, mas elas são importantes para a proteção dos pés. Devem ser impermeáveis, como as de borracha ou PVC. O couro não é seguro, porque é poroso e pode ser contaminado por agrotóxico, atingindo a pele dos pés.
**Os kits VEST SEGURA não possuem máscara. Ela precisa proteger as vias aéreas – nariz e boca.
LAVAGEM OU DESCONTAMINAÇÃO
Como é impossível “enxergar” a contaminação com o agrotóxico após o trabalho de aplicação, recomenda-se descontaminá-lo toda vez que é usado, ou seja, ao final de cada jornada de trabalho.
O EPI não deve ser “lavado”, mas sim descontaminado. Qual a diferença? Lavar pressupõe esfregar, pôr na máquina de lavar, usar sabão comum. Mas isso danifica o tratamento de hidrorepelência que confere a proteção do EPI. Assim, a sujeira mais pesada deve ser ignorada, pois tentar retirá-la poderá comprometer a segurança do usuário.
Para que seja preservada a capacidade hidrorepelente, o procedimento para descontaminação deve seguir as seguintes recomendações:
a) descontamine em local separado de roupas de uso normal, utilizando sempre luvas e avental impermeáveis;
b) a descontaminação deverá ser realizada ao final da jornada de trabalho, no máximo no dia seguinte;
c) mergulhe e agite a vestimenta na água com sabão de côco, sem enzimas e/ou branqueador óptico, na proporção de 0,5 gramas por litro de água, por cerca de 10 minutos, sem esfregar.
d) enxágüe bem em água limpa;
e) NÃO USE sabão comum, alvejantes, amaciantes, escova ou máquina de lavar comum;
f) NUNCA ferver o EPI nem deixar de molho;
g) o EPI pode ser centrifugado e deve ser seco nesta ordem de preferência: máquina secadora, sol ou sombra.
h) PASSAR ferro seco bem quente (mínimo 100ºC) nas partes de tecido para reativar a hidrorepelência toda a vez que for lavado;
i) Marque a descontaminação no quadro “controle de descontaminação” na etiquetada da vestimenta.
Descarte a água usada na lavagem do EPI no mesmo fosso onde é recomendado descartar as águas da lavagem dos equipamentos de pulverização (preparado conforme recomendação técnica para essa finalidade).
INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
A vida útil do EPI pode ser diminuída pelas condições de uso ou se a descontaminação (lavagem e passagem de ferro) não for realizada da maneira recomendada. Por isso, um teste simples de inspeção deve ser realizado após cada descontaminação (que deve ocorrer ao final de cada jornada de trabalho). Este procedimento é apenas um indicativo do estado da vestimenta.
Para isso, basta respingar água sobre o tecido para testar a hidrorepelência. Caso o tecido apresente umedecimento, descartar a vestimenta. Esta vestimenta suporta até 30 descontaminações ou até passar no teste do respingo, não devendo ser usada depois de qualquer uma dessas condições. Verifique também detalhadamente a integridade das costuras e do tecido, certificando-se que não há nenhum rasgamento que possa comprometer a eficácia da proteção ao corpo do usuário. Armazene a vestimenta em locais secos e ventilados.
DESCARTE DO EPI
Se o EPI foi descontaminado 30 vezes ou não passou pelo teste do respingo (indicado no item “inspeção e manutenção”), ele deve ser inutilizado e descartado em lixo comum após um procedimento de lavagem ou descontaminação, descrito nesta página.
LIMITAÇÕES DE USO
a) Esta vestimenta de proteção deve ser sempre utilizada nos modelos apropriados para cada modalidade de aplicação de agrotóxicos (exemplo: tratorizado, costal manual, etc).
b) Não deve ser utilizada em aplicações de jatos líquidos.
c) Não deve ser utilizada em fumigação.
d) Não deve ser utilizada em situações com risco de combustão, pois não é vestimenta anti-chama.
e) Esta vestimenta não permite retratamento (hidrorepelente); em caso de retardamento, nova análise com laudo em laboratório credenciado pelo MTE deve ser realizada.